sábado, 26 de fevereiro de 2011

30º ao 37º DIAS DE TRABALHO

Peço perdão às senhoras e aos senhores que acompanham minhas postagens, mas não estou com tempo suficiente para postar as ocorrências da forma que eu gostaria, ou seja, um dia após o outro. Sendo assim, para não ficar muita pendência, postarei as ocorrências mais importantes ocorridas do 30º ao 37º dia.

Por conta deste calor que vem assolando a cidade de Feira de Santana e região, qualquer "foguinho" se potencializa e pode vir a se transformar num incêndio de grandes proporções. E é sobre isto que trataremos a partir de agora.

Dentre uns 12 incêndios, os quais tive prazer em combater, três são dignos de postagem: Dois em vegetação e um num restaurante.

Em ordem de acontecimentos, o primeiro foi no bairro Parque Lagoa Subaé. Vegetação rasteira onde utilizamos apenas abafadores e jatos d'água com o "mangotinho". Foi uma área muito grande e próxima a residências, o que nos fez realizar o combate à noite e terminamos em torno de duas horas e meia depois. Em seguida, tivemos somente o tempo de reabastecer o reservatório de água da Viatura, que tem capacidade de 4.000 L de água, e fomos debelar outro incêndio.
O segundo incêndio foi logo após o citado acima e tivemos que debelar à noite também por conta da proximidade com residências e com uma indústria de polpas de frutas. Neste caso, foi um pouco diferente, pois as chamas estavam maiores, bem maiores, por conta da vegetação ser rica em árvores de pequeno porte e arbustos. Tivemos que combater com o auxílio da viatura com seus jatos d'água, abafadores e em grande parte com as bombas costais. Veja a bomba e os abafadores nas fotografias abaixo:






A utilização destas duas ferramentas em conjunto se faz necessária por conta de o resfriamento (causado pelas gotículas de água expelidas pela bomba) possibilitar a aproximação do combatente com seu abafador no local das chamas e poder abafá-la, impedindo sua propagação. debelado o incêndio, após 01:30H de combate, voltamos ao Grupamento e deixamos a viatura pronta pra mais uma ocorrência que, graças a Deus, não aconteceu nesta noite.

O incêndio num restaurante foi relativamente fácil, pois as chamas ainda estavam controláveis, mas no local haviam muitos botijões de gás. É sabido de muitos que o bitijão de gás não explode, o que tem a possibilidade de entrar em combustão e causar a explosão é o gás dissipado no ambiente. Entretanto, em se tratando dos não mais fabricados, mas ainda em circulação, botijões de dois litros, o cuidade deve ser redobrado, pois este não possui um pino de serurança que acompanha os botijões comuns e podem explodir. Esta explosão é parecida com a de uma granada, haja vista que os pedaços do botijão, com a explosão, são lançados com muita força e velocidade.

  As imagens acima servem para demonstrar a inexistência do pino de segurança no botijão pequeno e a sua disposição no botijão devidamente em acordo com a legislação. A finalidade deste dispositovo é diminuir o risco de explosão durante um incêndio e é conhecido como plugue fusível. Uma vez que a temperatura do botijão chega a 78ºC, a liga metálica desse dispositivo de segurança se funde, permitindo que o gás escape


Um site local disponibilizou uma filmagem da ocorrência com a reportagem e entrevista do comandante da operação: http://www.youtube.com/watch?v=WmnqbQQvVGQ

Ao final da ocorrência foram tirados 6 botijões de gás do restaurante, mas nenhum de 2L foi encontrado. Fizemos o rescaldo que é o conjunto das operações necessárias para completar a extinção do fogo, impedir a reigniçao e colocar o local em condições de segurança. Em seguida, descanço? Isso não nos pertence! Ocorrência de incêndio em vegetação próxima à rodovia. Vida boa!!!

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